segunda-feira, 22 de maio de 2017

Estamos todos conectados.


Este princípio da conectividade é manifestado no Budismo de Nichiren com o espírito de “diferentes em corpo, unos em mente”. O que também é ensinado para quem estuda a Lei da Atração.

Pode parecer estranho, mas estamos todos conectados de alguma forma. E tudo o que fazemos, seja bom ou ruim, afeta os outros, direta ou indiretamente. Como já disse aqui, uma oração muitas vezes nem é para você, mas para alguém que está conectado contigo no momento e é ele(a) quem recebe o benefício. Não se esquece de que tudo é uma questão de merecimento, além do empenho, é claro.

Em vários momentos estamos unidos. Seja no ambiente de trabalho, uma celebração de aniversário, um encontro com os amigos num bar, num magnífico show, numa passeata, numa procissão e, sem esquecer, num encontro religioso, seja missa, culto ou uma reunião de estudo. São nesses momentos que estamos unos em mente, mesmo tendo as nossas diferenças. Porém, muitas vezes estamos desconectados uns dos outros, e o resultado da união nem sempre é satisfatória.

Quero usar de exemplo o ambiente de trabalho. Lembro-me de quando me tornei coordenadora pedagógica de uma pequena escola de idiomas. Eu estava imensamente empolgada com a possibilidade de fazer o meu trabalho dar certo. No entanto, eu percebi que os demais funcionários estavam contra mim e também contra o crescimento da escola. Era muita reclamação e falta de vontade, o que não trouxe nenhum benefício tanto para mim quanto para escola. Como eu não era budista na época, o que eu escolhi foi sair de lá e trabalhar em outro lugar onde a união fosse algo em comum. Uns dois anos depois, a escola em questão fechou.

Por que será que no local de trabalho a desunião prevalece? Por que as pessoas reclamam tanto do seu trabalho se é ele quem te paga suas contas com o salário que recebe? Por que vibrar tão negativamente em todo o ambiente de trabalho, deixando de promover o seu crescimento e consequentemente o crescimento da própria empresa? Lembre-se: o que fazemos a nós mesmos afeta o outros.

Eu sempre acreditei que a união faz a força. Tanto faz a força que Jesus mesmo disse: quando duas ou mais pessoas estiverem presentes em seu nome, ele também estaria lá.

Na trilogia “Conversando com Deus” de Neale Donald Walsch, ele explica que cada um de nós possui um campo magnético, e quando estamos em contato com outra pessoa, um terceiro campo magnético é criado. Agora imagine quando estamos em um grupo de pessoas? Porém, cuidado com o tipo de energia que você está se reunindo com outras pessoas. Ela é boa ou ruim? O que está sendo criado com isso? Acontecimentos bons ou ruins? Avalie.

Não é à toa que todas as religiões reúnem as pessoas em vários dias da semana para que a união faça criar algo de bom para todos nós. O mundo só está de pé hoje devido às orações que fazemos. Caso contrário, eu acredito que o planeta Terra já teria sido destruído.

A partir de hoje comece a prestar a atenção às pessoas a sua volta e perceba que tipo de campo magnético elas estão criando. Perceba se você quer fazer parte dele ou não.

Não estou dizendo que você deva se afastar das pessoas. Não, ninguém é capaz disso. Segundo Dalai Lama, nós dependemos de todos e tudo! Não temos como viver como se fôssemos uma ilha. Porém, tenha mais cuidado com as pessoas que você convive no dia a dia.

Perceba que no Brasil a corrupção é considerada como algo natural. Coisa que não deveria ser natural, porque não traz benefícios para ninguém. No entanto, são séculos de existência nos quais as pessoas só aprenderam que ser corrupto no Brasil é a melhor coisa a se fazer. Como sou professora, eu vejo isso o tempo todo entre os jovens. Infelizmente, ser corrupto no Brasil se aprende desde cedo. Recentemente, fui corrigir um trabalho solicitado aos meus alunos, e um pequeno grupo deles copiou frases da Internet, acreditando que eu não iria perceber. Isso também é corrupção.

Outra questão que acontece com frequência é as pessoas meterem o pau no Brasil. É o tempo todo. Seja nas redes sociais, no local de trabalho, com os colegas da escola, até no elevador quando encontramos um vizinho.

As pessoas não percebem, mas falar mal dos outros e também do país é um ato que só faz criar cada vez mais coisas ruins.

No jornal Brasil Seikyo, no caderno Encontro com o Mestre de 20 de maio de 2017, existe a seguinte passagem:

“[...] é tolice sermos influenciados por simpatias ou antipatias e permitimos que nossa prática enfraqueça em virtude disso. Essa atitude só abre brecha para as funções demoníacas penetrarem, tornando-nos presas fáceis para essas forças negativas.”

“Por essa razão, Daishonin adverte rigorosamente seus seguidores contra o ato de falar mal uns dos outros. ‘Por mais desgradável que possa ser, deve tratá-los (as pessoas) de modo amistoso. Mesmo que eles (as pessoas) tenham falhas, se forem pequenas, simplesmente finja que não as notou e mantenha um bom relacionamento com aqueles que acreditam neste ensinamento; faça de conta que não vê e não ouve, não aponte aspectos dessas pessoas que o desagradam’.”

Sabemos que reclamar ou falar mal do outros não vai fazer o problema se resolver, não é mesmo?

Dashonin ainda diz, “somos todos budas, portanto, criticar o outro é o mesmo que criticar um buda”. Ele ainda reforça, “quando as pessoas desenvolvem o hábito de criticar os outros e, como nunca mudam essa atitude equivocada, parecem se destinar os maus caminhos”.

Une-se com o propósito maior da vida. Você é criador da sua realidade, e da realidade dos outros. Seja responsável pelos seus pensamentos, pelas suas falas e atitudes.

Todos nós agradecemos.


Namastê!

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